EVERSON BOECK
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Mesmo com as contas em dia, a Administração Municipal espera dar um fôlego ao caixa com a arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), principal fonte de recursos da Prefeitura, cujos carnês começam a ser distribuídos no próximo dia 25 para os 55 mil proprietários de imóveis de Santa Cruz do Sul. O prazo para quitação da primeira parcela vence no dia 15 de março, data final também para aqueles que optarem por efetuar o pagamento em cota única e usufruir do desconto de 7%.
O secretário municipal da Fazenda, Paulo José Fröhlich, explica que a Secretaria recebeu as contas em dia. “As contas, isto é, o que chamamos de ‘restos a pagar’, estavam com seus empenhos devidamente colocados na transposição do ano”, afirma. Um levantamento prévio feito pela Contabilidade da atual administração apontou que havia uma sobra de caixa no valor de R$ 300 mil e, para pagamento de contas, R$ 25 milhões devidamente empenhados.
Reajustado em 6,95%, a Secretaria da Fazenda do município estima arrecadar cerca de R$ 13 milhões com o encargo até o fim do ano. Se fosse considerado o valor integral dos carnês, a arrecadação superaria os R$ 15 milhões. No entanto, a receita é menor em razão das isenções, descontos e da taxa de inadimplência.
O secretário ressalta, no entanto, que o Município tem adotado outras medidas para redução de gastos e uma consequente sobra de caixa. Dentre as ações citadas por ele está a reforma administrativa, projeto aprovado pela Câmara de Vereadores. “A mudança foi boa para todo o Governo. Para a Fazenda, a reforma trouxe muitas mudanças, pois agregou três setores: Patrimônio, Licitações e CPD (Centro de Processamento de Dados). Mas, também, há outras medidas que foram promessas de campanha, como a admissão de poucos Cargos de Confiança (CCs) e estagiários. Tudo ajuda a poupar. Além disso, com a redução de CCs e estagiários e outros cortes de gastos, os servidores estão dando o melhor de si para que todo o trabalho seja executado da melhor forma possível”, observa.
Em relação às contas, Fröhlich garante que a situação é “tranquila”. Mesmo com um saldo de caixa restrito, ele afirma que não há preocupações. “A realidade é: temos dinheiro para pagar, mas estamos sendo cautelosos onde gastamos o dinheiro público”, simplifica.
Uma dificuldade que a Secretaria está enfrentando, segundo Paulo, está ligada a problemas com a informatização. O não cumprimento na execução de um projeto de modernização no sistema de informática da Prefeitura está causando lentidão nas demandas de algumas secretarias. “A empresa não entregou o projeto concluído no prazo determinado no edital e tem o prazo de finalização até 31 de março. Enquanto isso, hoje os técnicos demoram muito tempo para solucionar um problema e quando conseguem, há outros. É uma bola-de-neve”, lamenta.
Everson Boeck
Secretário da Fazenda, Paulo Fröhlich, fala sobre a situação da pasta
no início do governo
