Todas as sete pessoas que haviam sido presas na última quinta-feira, 5 de novembro durante a Operação Huno, suspeitas de participação em crimes relacionados à cadeia do tabaco, já foram ouvidas pela Polícia Federal e a partir de agora responderão em liberdade. Dois dos suspeitos eram de Santa Cruz do Sul, um de Arroio do Tigre, um de Venâncio Aires, um de Cascavel (Paraná), um de Foz do Iguaçu e outro do Rio de Janeiro.
Contra todos eles havia mandados de prisão espedidos pela justiça com base em investigações que já vinham sendo feitas desde 2014. A investigação agora, no entanto, passará para outra fase onde serão ouvidas diversas testemunhas dos crimes. Alguns dos materiais apreendidos pela operação, que aconteceu no Rio Grande do Sul e em outros seis estados (Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pará) também estão sendo encaminhados para Santa Cruz para serem analisados.
Os investigados, são suspeitos de utilizar empresas de fachada e em alguns casos laranjas, para desviar tabaco. Parte dessa matéria-prima era exportada irregularmente para fábricas paraguaias, e outra parte era enviada a fábricas irregulares instaladas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Depois de pronto, o cigarro feito no Paraguai era trazido de volta para o Brasil e comercializado. A estimativa de prejuízo causado ao governo federal em tributos não recolhidos supera R$ 2,3 bilhões.
