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Evento promovido pela Assemp reúne candidatos locais

Everson Boeck
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Com o objetivo de as lideranças empresariais locais conhecerem melhor os candidatos a deputado federal e estadual de Santa Cruz do Sul, a Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp) promoveu na tarde desta quinta-feira, 25, na Bierhaus, o Encontro de Ideias – Eleições 2014. O evento reuniu os candidatos com domicílio eleitoral no município. No total, aproximadamente 120 pessoas participaram, entre empresários, convidados e imprensa, além de 14 concorrentes ao pleito. 
Não foi um debate. Inicialmente, cada candidato teve três minutos para fazer a sua apresentação aos empresários, quando alguns falaram sobre vida pessoal e política, entretanto, outros utilizaram o tempo para discorrer sobre seus planos e ações. A seguir, cada concorrente ao pleito tinha o mesmo tempo para responder a uma pergunta sorteada pelo mediador, que foi formulada anteriormente com assuntos de interesse da classe empresarial santa-cruzense. No encerramento cada candidato fez, por um minuto, suas considerações finais. 

Everson Boeck

14 concorrentes ao Congresso e à Assembleia Legislativa participaram do
encontro, na quinta-feira, promovido pela Assemp na Bierhaus

Temas abordados

Entre os temas abordados estavam estatuto do desarmamento, criminalidade, estímulo à economia, educação, indústria, impostos, salário mínimo regional, ICMS, dívida do Estado, piso dos professores, fumicultura, pedágios, saúde, entre outros. Na ocasião, a Associação Santa Cruz Novos Rumos (Ascnor), que está focada no planejamento estratégico de desenvolvimento socioeconômico para 20 anos (2008/2028), entregou uma publicação aos candidatos com as demandas fundamentais para o crescimento do município e da região.

O que falaram os candidatos?

Heitor Schuch (PSB) – Sendo o primeiro candidato a responder às questões, ele falou sobre segurança pública. Destacou a importância de iniciativas que coíbam a criminalidade na zona urbana, elogiando a atuação das polícias em Santa Cruz do Sul, mas lembrou da carência do interior. “Um pai e uma mãe foram acorrentados dentro de casa, e este assunto eu quero debater com muita força no Congresso”, disse.

Sérgio Moraes (PTB) – Em relação ao estatuto do desarmamento, lembrou que quando era casado com a ex-prefeita Kelly Moraes, há dez anos foi assaltado em sua casa com a família. “Eu achava que as armas que eu tinha em casa iam nos defender. Quando pensei em me mexer já estávamos todos amarrados e com uma metralhadora apontada para mim e minha família. Ou seja, as armas que eu tinha não serviram para nada. Por isso, hoje, ao contrário do que eu pensava antes, sou a favor do desarmamento”, declara.


Jaqueline Marques (PDT)
– Sobre o mesmo assunto, ela afirmou ser a favor do desarmamento e defendeu investimentos no ensino primário. “A maioria das polícias opera com defasagens e profissionais mal remunerados. Temos que começar por outra ponta, na base da sociedade, ou seja, na educação. Temos que olhar para ela com mais atenção”, coloca.

Arcângelo Mondaro (PR) – Perguntado sobre projetos para estimular a economia, frisou a necessidade da criação de estratégias para produção de mais alimentos saudáveis sem hostilizar a cultura do fumo. “O estímulo à diversificação é fundamental”, observa.

Roque Dick (DEM) – Uma das perguntas era sobre o ensino superior e se a Uergs deve ser uma prioridade, na avaliação do candidato. Ele esclareceu que o acesso ao ensino superior é que deve ser viabilizado. “Possibilitar o acesso do aluno deve vir em primeiro lugar”, defende.

Kelly Moraes (PTB) – No aspecto que trata do setor da indústria, principalmente na perda de competitividade do Estado e o Imposto de Fronteira, a candidata argumentou que é necessário cobrar dos governos federal e estadual a criação de políticas de redução de impostos.

Pai Antônio (PTdoB) – Quanto ao não pagamento do Piso Nacional do Magistério aos professores do Estado, salientou que é preciso qualificar os professores. “Temos de valorizar os educadores dos nossos filhos”, frisa.

Dogival Duarte (PDT) – Ao ser questionado sobre projetos para estimular a economia frente a políticas antitabagistas, o candidato disse que é preciso dar mais atenção ao produtor, especialmente a questões ligadas à saúde. “Temos que ter nomes fortes nos órgãos públicos para lutar contra esta corrente que se formou contra a cultura do fumo”, sublinha.

Coronel Ordeli (PSB) – Lembrou que a dívida do Estado com a União, de quase R$ 50 milhões, é um dos principais obstáculos do desenvolvimento do Rio Grande do Sul. “Precisamos de uma economia forte, mas precisamos de uma renegociação desta dívida para que possamos fazer investimentos na indústria e na segurança pública, por exemplo”, pontua.

Osmar Severo (PCdoB) – Em relação aos pedágios e condições das estradas, Severo destacou que já foi caminhoneiro e é contra o atual sistema de pedágio no estado. “Pagamos muito e recebemos pouco retorno. Isto não nos serve. Acredito que é preciso haver uma reforma no sistema de cobrança e funcionamento”, ressalta.

Bombeiro Hector (PPL) – Perguntado sobre projetos no combate à criminalidade, ele disse que a sociedade está carente de uma base familiar sólida e que apresentará projetos para esta questão, caso seja eleito.

Edson Brum (PMDB) – Destacou o problema do Estado com o funcionalismo e sistema de arrecadação. “O atual governo decidiu aumentar as alíquotas de tudo, criou Imposto de Fronteira, entre outras coisas e nada resolveu. Temos que encarar a atual situação econômica do RS”, dispara. Ele defende o incentivo aos setores do comercio, indústria e agricultura.

Jair Jasper (PSB) – Para ele a educação é a área que mais merece atenção dentre todos os serviços públicos. No entanto, a prioridade da próxima gestão deve ser a renegociação da dívida do estado e, assim, remunerar melhor os professores e melhorar a gestão das escolas públicas e fomentar a criação de cursos técnicos.

Marcelo Moraes (PTB) – Relembrou suas emendas na área da educação e disse acreditar que os recursos do Pré-Sal, por exemplo, poderão estimular o desenvolvimento tanto da educação quanto da saúde. Além disso, reforça a ampliação do ensino técnico e o fortalecimento das regiões através da educação.