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Fentifumo e Stifa | Trabalhadores sensibilizam órgão responsável pela restrição ao tabaco

Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins é recebida na CONICQ, em Brasília, para apresentar dados de empregabilidade do setor

A secretária executiva da Comissão, Vera Lúcia da Costa e Silva, com o presidente do Fentifumo e do Novo Stifa, Gualter Baptista Júnior

A Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco e seus Protocolos (Conicq) se mostrou sensível aos trabalhadores na indústria do tabaco. A representação da categoria, formada pela Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (Fentifumo) e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa) estiveram reunidas com o órgão, que no país é responsável pela restrição ao tabaco. O encontro foi realizado na sede brasileira da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), na Capital Federal.

Segundo o Presidente da Fentifumo e do Novo Stifa, Gualter Baptista Júnior, a agenda foi positiva, uma vez que a Conicq é o órgão responsável pela restrição ao tabaco. “Fomos recebidos pela secretária executiva da Comissão, Vera Lúcia da Costa e Silva, que foi muito gentil e solidária para com os trabalhadores. Apresentamos números do Sindicato e toda nossa organização pró-trabalhador”, pontua o Presidente.

Vera Lúcia, por sua vez, manteve o posicionamento contrário da Opas e da própria Conicq ao consumo do tabaco no Brasil. “Não somos contra os trabalhadores, mas sim, ao consumo do tabaco e derivados. Este é o nosso entendimento sobre o produto”, destaca.

A secretária executiva elogiou a organização sindical, por meio dos serviços que o Novo Stifa disponibiliza aos trabalhadores, nas áreas do bem-estar social e saúde, e, também, nos atendimentos realizados no Sindicato. “Saímos satisfeitos de mais esta agenda, na qual os trabalhadores puderam ser ouvidos e apresentar sua representatividade dentro do contexto da cadeia produtiva legal e organizada do tabaco”, ressalta Baptista Júnior.

O encontro foi articulado pelo Deputado Federal, Heitor Schuch, que tem acompanhado os trabalhadores da indústria do tabaco em uma série de agendas propositivas em defesa do setor. Estes encontros têm como foco a sensibilização do Governo Federal, que prepara a sua delegação para a participação da 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, do qual o Brasil é signatário desde 2005. O encontro ocorre em novembro, no Panamá, e trata sobre ações globais de restrição ao tabaco.

O deputado Heitor Schuch também estará presente na COP 10, juntamente com a comitiva de entidades representantes da cadeia produtiva do tabaco. Essa posição já havia sido levada ao governo brasileiro e foi reafirmada nesta quarta na reunião com a secretária executiva da Conicq. O deputado lembrou que essa é uma cultura consolidada, que envolve diretamente mais de 128 mil famílias de produtores, gera milhares de empregos e é a base da economia de 488 municípios da Região Sul do Brasil. “É uma atividade fundamental para a economia do país, fonte de desenvolvimento, emprego e receita na agricultura e na cidade”.

Acompanharam o parlamentar no encontro o vice-prefeito de Santa Cruz do Sul, Elstor Desbessel, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, Sérgio Reis e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), Gualter Baptista Júnior.

Durante a reunião, Desbessell manifestou preocupação com relação aos impactos que podem ser gerados a partir dos resultados da próxima Conferência das Partes (COP) – instância deliberativa do tratado internacional da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco – que será realizada em novembro no Panamá, cujas deliberações podem atingir negativamente a cadeia fumageira gaúcha.

Desbessell salientou que a fumicultura é extremamente importante para a economia de Santa Cruz do Sul e do Vale do Rio Pardo. “Manifestei a preocupação que nosso município possui com a cultura e a produção do tabaco. Relatamos tanto o lado dos produtores como também dos safristas, para que o Conicq entenda toda a repercussão que isso representa para o município e região.”