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Da cidade para o campo: a história de Daniela

Produtora rural conta sua trajetória profissional junto de seus pais no interior

Lavignea Witt
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Dentro de narrativas contadas em filmes, muitos jovens saem de suas casas no interior em busca de uma vida melhor na cidade. Mas, em alguns casos, a história pode ser outra. Daniela Tornquist, moradora do interior de Vera Cruz, começou a trabalhar na cidade a partir dos seus 17 anos na função de conferente de estoque em um mercado. Após essa experiência, iniciou a graduação em ciências contábeis, conseguiu um emprego como estagiária em um escritório de contabilidade em Santa Cruz do Sul, no qual foi efetivada e trabalhou durante cinco anos.

Mas como a vida possui seus altos e baixos, apesar de estar estável em seu emprego, decidiu voltar à rotina do interior e empreender junto de seus pais, Liane Tornquist e Lotar Tornquist. Sua mãe foi a responsável pela criação da Agroindústria Tornquist, onde comercializam produtos embutidos e defumados. A parceria já dura cerca de seis anos. “O prédio onde temos a agroindústria já existia antes, era uma associação que abatia suínos. Foram feitas muitas reformas para se adequar as normas e em janeiro de 2018 conseguimos legalizar. Vendemos linguiça suína defumada e variedades de linguiça campeira gourmet com queijo coalho, salsichão, criba, entre outros”, destaca.

Com a evolução do empreendimento, a família já se fez presente em inúmeros eventos. “Participamos de várias edições da Feira da Produção de Vera Cruz e este ano estivemos pela primeira vez na Expoagro. Nossos produtos tiveram uma aceitação muito boa do público, principalmente quanto às linguiças campeiras gourmet de queijo. As pessoas provavam e na hora já compravam pra levar pra casa. Isso é muito gratificante”, relata a empresária.

Daniela afirma gostar de trabalhar no interior e não pretende retornar para a cidade. “Tem temporadas que não são fáceis, mas estar em casa compensa”, alega. “Ter o seu próprio negócio não é fácil, ainda mais com o aumento (do preço) de tudo, mas não podemos desistir. Acredito que morar no interior nos dá a oportunidade de criar e plantar nosso próprio alimento”, orgulha-se Tornquist.